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Debates Sociais | Diferença de classes e a compreensão de um Brasil continental

Por: Axe Schettini
28/09/2018 10:24 - Atualizado em 28/09/2018 10:25

Conforme vamos nos aproximando ao dia 07 de outubro, o preconceito, ódio e o temor também tomam conta de milhares de brasileiro país afora. Primeiro porque observamos uma nação lotada de divergências que fazem com que exista uma luta de classes, de maneira inconsciente, pois a maioria não sabe o significa e muito menos leu sobre. Em um Brasil com tantas diferenças sociais, não é difícil observar porque há tanta polarização entre esquerda e direita.

Muitas vezes comparado com a Europa, o Sul do País é o maior reduto antipetista, mas por outro lado, o Nordeste, em muitos pontos, é similar à África, e concentra grande parte do eleitorado que necessita de mais atenção do Estado. Mas há se de analisar o número de eleitores de cada região, pois o Sul responde por apenas 14,525% dos votantes, representados em, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 21.396.031 pessoas. Já o Nordeste, com 26,627% dos eleitores, possui 39.222.149 votantes.

Mas vamos esmiuçar os dados para termos mais informações sobre a grandeza do Brasil. Chapecó, maior cidade do Oeste, possui 146.830 eleitores, representando 2,896% dos 5.070.202 votantes de Santa Catarina, que representam 3,442% dos 147.302.357 eleitores brasileiros. Ainda há municípios menores, como Xaxim (com 21.741 eleitores e 0,429% do Estado) e Xanxerê (com 34.514 votantes e 0,681%) que somados são cerca de 1% do total de eleitores catarinenses.

Mas muitos, não se sabe se é por falta de informação ou bom senso, não têm consciência suficiente para se ter uma análise de um país tão complexo e com duras dificuldades como é o Brasil. Alguns ousam em questionar o mais respeitável instituto de pesquisa do Brasil, leia-se Datafolha, para afirmar que, embora não se tenha convicção, não há eleitores de esquerda e que as aferições são fraudadas para manipular o resultado das urnas.

Com realidades diferentes, também se há reflexos diferentes. Difícil uma região como o Nordeste, após receber tantos motivos para acreditar em um projeto de governo, não retribuir as conquistas nas urnas. Por outro lado, o Sul do Brasil, com maior desenvolvimento e progresso, não necessita tanto de programas sociais como em outras regiões.

Mas no meio de tudo isso há o Sudeste, onde somente o Estado de São Paulo concentra 33.040.411, ou 22,430%, dos votos do Brasil, onde somente a capital representa 9.052.724 (27,399% do Estado de SP). Ainda há o Norte com 11.533.833 eleitores (7,830% do total) e o Centro-Oeste com 10.747.116 (7,296%) somados aos 500.727 (0,340%) brasileiros que votam no exterior.

Mesmo com tantos números mostrando que Xaxim, Chapecó ou Santa Catarina não são o Brasil, há eleitores que costumam afirmar que uma pesquisa do Facebook, com seus cinco mil amigos da sua cidade e região, representa o resultado das urnas de um país com 147 milhões de eleitores.

Necessita-se, então, de resiliência e muito pudor para que se possa compreender o resultado das urnas, independente de quem vença. A sua região, seja qualquer uma do Brasil, não representa a vida de um todo. Há de se aprender a viver e respeitar o vencedor, sem ódio, sem rancor, mas com muita perspicácia para perceber que há muitas diferenças neste país sofrido. Que vença o melhor para a nação e que o resultado das urnas seja respeitado.


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